quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um pouco de mim...

Olhando meu álbum de fotos, percebi que a minha infância foi linda, saudável e inesquecível. Minha mãe era uma mulher elegante e louca por futebol, tanto que casou com um jogador, na época meu pai era zagueiro do Grêmio. Morávamos em Porto Alegre, no Menino Deus. Por volta de 1965 meu pai foi transferido para o Farroupilha, em Pelotas, nossa casa ficava perto do centro, e sempre que podia acompanhava meu pai nos treinos, ficava brincando pelo campo, pois nunca achei interessante aquele jogo onde tanto corriam atrás de apenas uma bola. Quando meu pai foi contratado pelo Internacional, voltamos a morar em Porto Alegre, na Praia de Belas, de frente para o Guaíba, via o por do sol pela janela do meu quarto. A vida era maravilhosa, farta e com muitas viagens. Muitas bonecas e todos os tipos de brinquedos, e tive a possibilidade de estudar nos melhores colégios da capital. Moramos em Paranaguá, Curitiba, Bandeirantes e em 1970 fomos morar no Rio de Janeiro, minha mãe trabalhava na SEARS, meu pai estava sem time e eu estudava no Colégio Rezende, um dos melhores da capital carioca. Não me adaptei ao Rio, queria vir embora para casa e vim, com nove anos embarquei com meu pai de volta ao pago, fiquei com minha avó em Tapes até minha mãe voltar para o sul. Enquanto meus pais construíam nossa casa em Tapes, moramos em diversos locais, perdi a conta de quantas vezes troquei de escola. Íamos passar as férias na casa da nossa avó, meus primos e primas também, a cada verão tínhamos um monte de histórias para contar.
Hoje, conversando com uma amiga, ele contou-me que tinha trauma de nunca ter tido uma bota quando era criança, por isso agora compra todas que pode. Parei para pensar, sempre tive tudo que quis,principalmente  atenção, carinho e amor da minha família. Será que minha infância não deixou nenhuma carência?  Acho que sim, sinto falta de amigos de infância, dos laços de amizade que só aqueles, que cresceram juntos possuem, não pude cultivar os amigos e colegas de infância porque mudamos de cidade muitas vezes. Por isso quando mudamos para Gravataí, estava decidida a criar raízes nesta cidade. Estava certa, pois hoje tenho amigos e amigas incríveis e tenho a nítida sensação de conhecê-los a vida toda, e é isso que vale!
Um abraço a todos.

domingo, 22 de maio de 2011

50 motivos para ser motociclista (comentado)


01 - Pelo espírito de liberdade;
02 - Pelo vento na cara;
03 - Por sentir um(a) garupa agarradinho(a) na sua cintura;
04 - Por ter uma 125 e se sentir um Valentino Rossi numa 500;
05 - Por sentir a leveza do corpo no equilíbrio em duas rodas;
06 - Por fazer novos amigos, que falam a sua língua;
07 - Por poder viajar em grupos;
08 - Por ficar encharcado e feliz;


09 - Por ter a sua pista livre em cima da faixa, quando o trânsito
___ está totalmente congestionado; (esta é ótima)
10 - Por poder andar sujo, no melhor estilo aventureiro;
11 - Por poder usar a sua fantasia de mau, com caveiras e crucifixos;
12 - Para ir ao Mundial de Motos torcer pelo Alexandre Barros;
13 - Para poder juntar um dinheirinho e comprar uma moto maior
; (só penso nisso)
14 - Por já ter dinheiro e status e finalmente voltar a andar de moto,
___ como na juventude;
15 - Para ouvir o ronco do motor;
16 - Para matar de inveja o seu vizinho careta;
17 - Para conquistar os olhares;
18 - Para trabalhar, porque a moto é o seu ganha-pão;
19 - Para se sentir poderoso dentro do seu macacão de couro;
20 - Para ter a sensação de voar, como um pássaro do asfalto;
21 - Para ser o Pole Position nos faróis das grandes avenidas;
22 - Porque a primeira trilha a gente nunca esquece;
23 - Para passar nos pedágios sem pagar;
24 - Para ter um estacionamento exclusivo no shopping center;
25 - Para dar umas escorregadas, porque um tombinho não dói;
26 - Para fazer uma curva e sentir o joelho quase ralando no chão;
27 - Para encher o seu capacete de adesivos bacanas;
(O meu tem São Jorge)
28 - Para ir aos encontros de motos falar sobre motos;
29 - Para tentar dar um cavalo de pau com a roda da frente, como
___ Tom Cruise em Missão Impossível 2;(xiiiiii...)
30 - Para cruzar do Paquistão à Índia, como fez
_Rafael Karan, o aventureiro;
31 - Para comprar um monte de acessórios e deixar sua moto personalizada;
32 - Para poder carregá-la na caçamba da sua picape até a entrada da trilha;
33 - Para servir de moto-táxi no Nordeste e faturar uma graninha a mais;
(ótima idéia)
34 - Para vir a ser um grande piloto de motovelocidade;
(exageradooo)
35 - Para poder abrir sua própria oficina de motos;
36 - Para um dia participar do Racing Day, em Interlagos;
37 - Porque todos os caminhos levam a Daytona, o grande encontro mundial de motos;
38 - Para se perder numa trilha no meio da noite;
39 - Para rasgar sua calça no mourão da cerca;
(no chão também)
40 - Para deixá-la parada na garagem de casa e apenas ficar admirando-a;
(adoro fazer isso)
41 - Para sentir o cheiro de óleo queimado da sua inesquecível 2T;(inesquecível)
42 - Porque entre seu carro e a moto, você fica com a moto;
43 - Porque a moto só tem dois lugares: não cabem a sogra e o papagaio;
(perfeito)
44 - Porque ela gasta muito menos combustível que seu carrão;
45 - Porque ela leva você pelos caminhos da emoção;
46 - Porque no peito de todo motociclista, bate um coração aventureiro;
47 - Porque você consegue extravasar por trás de sua viseira, mesmo que as lágrimas embacem o seu caminho;
48 - Porque um dia você sonhou que chegaria lá;
49 - Porque você ama estar vivo;
(muiiitto)
50 - Porque você é isso, meu amigo, um amante da liberdade . . . um motociclista.

domingo, 8 de maio de 2011

Dirigir moto faz bem para o cérebro!

Agora ninguém me segura!!!

Pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, concluíram que pilotar uma motocicleta faz bem para o cérebro e, conseqüentemente, para a memória.
Na visão dos estudiosos nipônicos, rodar de moto é uma excelente exercício para o cérebro.
Andar de moto mantém a juventude Cerebral.
Segundo o cientista Ryuta Kawashima, ao mesmo tempo em que se pilota uma mota o seu cérebro está em treinamento.
Em sua recente pesquisa, o Japa afirma em sua pesquisa que a condução de uma moto, exige maior atenção de quem está no controle do veículo, fazendo com que o cérebro envelheça com mais saúde.
O estudo, realizado pela Universidade de Tohoku, em colaboração com a Yamaha, acompanhou as atividades cerebrais de 22 homens, observando todos os “passos” na ativação das áreas frontais do cérebro responsáveis pela memória, gestão da informação e concentração.
Utilizando esses 22 homens de meia-idade, habilitados para motocicletas, mas que não andavam com os veículos nos últimos 10 anos. Dividindo-os em dois grupos, um deles passou a utilizar motos e o outro carros.
Depois de dois meses, todos passaram por testes cognitivos e o resultado foi favorável ao grupo das motocicletas. Mostramos que pode melhorar suas condições mentais apenas andando de motocicleta, disse Kawashima.
De acordo com os resultados da pesquisa, os motociclistas apresentaram melhorias significativas na memória, na capacidade de julgar espaço e outras características típicas das áreas frontais do cérebro.
Pilotar uma moto requer equilíbrio e outras funções sensoriais de controle, afirma e explica o professor Kawashima . O cérebro de um motociclista pode tornar-se mais ativo para processar todas estas informações durante a condução.

Feliz Dia das Mães!

domingo, 1 de maio de 2011

Ostra Feliz Não Faz Pérola, por Rubem Alves

Ostra Feliz Não Faz Pérola

“Ostras são moluscos, animais sem esqueletos, macias, que são as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, de pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas - são animais mansos - seriam uma presa fácil dos predadores”.

Para que isso não acontecesse a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem.
Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas, saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário... Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste... As ostras felizes riam dela e diziam: "Ela não sai da sua depressão..." Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor.
O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de sua aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava o seu canto triste, o seu corpo fazia o seu trabalho - por causa da dor que o grão de areia lhe causava.
Um dia passou por ali um pescador com seu barco. Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-a para sua casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-a em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade; era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...”“.

Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras, e vale para nós, seres humanos.
As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico.

Na maioria das vezes são dores da alma.



Rubem Alves
Teólogo, Doutor em Filosofia e Psicanalista.